Quem sou eu

2010/08/07

APENAS UMA HISTÓRIA DE PAI

Quando o casamento de X e Y chegou ao fim, à preocupação maior do Sr X
era com o bem-estar dos filhos; A,B,C, que na época todos menores de idade.
E se os filhos estavam em primeiro lugar, entrou num acordo com a mãe das crianças.
Acordo selado chegara à hora de ser pai na prática. “Mesmo casado, foi um pai
presente na criação dos seus filhos. Sabia trocar fraldas, dar banho. Mas, quando
se vio sozinho, não foi fácil. Será que daria conta? E se acontecesse alguma coisa
enquanto cuidava deles? A quem pedir socorro? Muitos acham que o pai cuidando
dos filhos é desastre na certa. Mas Sr.X queria ser o melhor pai para eles e foi à luta.
Em primeiro lugar, aprendeu a convencer algumas pessoas que os conselhos que elas
lhe davam eram bons, mas não para os seus filhos. Também se dedicou a ser um dono
de casa melhor. Aprendeu a lavar, passar, fazer uma comida diferente para proporcionar
o melhor para os seus filhos”.
Nos primeiros meses, além de aprender a ser pai solteiro, Sr. X tinha que lidar com as
dores do fim do seu casamento. No início, o relacionamento com a ex-esposa não foi
dos melhores. “Era extremamente formal e pesado. Sem brigas, mas um tanto estranho.
Afinal, não é fácil conviver com uma pessoa que sempre esteve ao seu lado, que num dia
jurava amor eterno e no outro estava cada um de um lado.
O doce papel de pai
Hoje, sete anos após a separação e de exercer o papel de pai, Sr. X diz que está solteiro, pois
ainda não encontrou uma pessoa que compartilhe dos mesmos desejos que ele, mas que está
feliz e deixa conselhos para outros pais, principalmente para os separados.
“Repensem sobre o verdadeiro papel na vida de seus filhos. O pai não tem que ser presente
apenas na parte financeira. Isso, de certa forma, é uma obrigação, mas não se sintam
obrigados a serem presentes, serem pais. Sua presença tem que ser plena de amor, carinho,
dedicação e amizade. Tem que ser de coração. A ausência da figura paterna causa perdas aos
filhos, mas quem sai perdendo mais são os pais. Afinal, o brilho nos olhos dos seus filhos
ficará na sua lembrança para o resto de sua vida. E não há dinheiro no mundo que pague a
imagem um filho adormecer em seus braços.
De dizer:
"Eu te amo papai, muitãããoooo.",
De um filho vir te cobrir quando você adormece no sofá.
E tantas outras cenas que Sr. X passaria dias e dias descrevendo.
Não tenham vergonha de assumir que erraram sendo ausentes.
Tenho certeza que seus filhos se sentirão orgulhosos se vocês se aproximarem deles.
Sempre é tempo de uma aproximação.
Que as palavras toquem o coração dos pais, pois, ser pai mudou a vida do Sr. X”.
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