Quem sou eu

2009/10/14

MÃOS


Mãos


Mãos que hoje me acusam,

com justiça do que não fiz...

Mãos que hoje apontam,

a pena que mereci.



Mãos que no passado apontaram

o futuro miserável,

de um presente sufocado,

do ontem lamentável.



Mãos trêmulas, sofridas

calejadas, doloridas,

que pela vida incentivadas,

hoje, humilham-se em feridas.



Mãos que enxugam lamentos,

de lágrimas em fraguementos...

de alegrias e sofrimentos,

que hoje estão no esquecimento.



Mãos hoje cansadas,

acenam o passado e presente

de uma vida calejada,

a morrer suavemente.



(Paulo Silvoski)

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